Qing tem dificuldades em aceitar a morte de seu pai e com isso perde os poderes de enxergar os espíritos. O destino quis que Red ao descobrir que não possui a “música da alma” para seguir a sua trajetória, decidisse buscar a ajuda de um mousik. Quando ambos se encontram, muitas coisas acontecem e suas vidas se entrelaçam.
Nathalia define Rebel’Hearts como “uma história que fala sobre quem nós somos e quem poderemos ser. É uma história sobre luto, amor, família e amizades”. Raiana complementa dizendo que “mostra um pouco sobre como tudo que fazemos tem uma consequência e em como temos que lidar com isso em algum momento. E com os personagens, nós aprendemos que, mesmo nas situações mais improváveis, pode surgir algo novo — algo que transforma”.
O primeiro capítulo de Rebel’Hearts será publicado amanhã (06), no servidor do Discord chamado Quimerium, e terá periodicidade semanal. A ideia é que os leitores acompanhem o processo de criação e tenham a oportunidade de interagir, dialogar com a Nathalia e a Raiana enquanto elas escrevem cada passo do livro. Com isso, novas amizades podem surgir graças ao gosto pela literatura e pela música.
Nathalia e Raiana vão usar os codinomes Ophelium e Estácia, respectivamente. Você pode encontrar o perfil delas no Instagram @cartonirica e @yourestacia.
Leia a sinopse do livro e em seguida a entrevista que fizemos com a Nathalia Abreu e a Raiana Vilela.
Sinopse
Qing é o último mousik vivo de sua família — pessoas que guiam os espíritos dos mortos para um dos sete além por meio da música. Incapaz de aceitar a morte do pai, Qing comete um ato desesperado que acaba bloqueando sua visão espiritual e seus poderes. Agora, ele não pode mais ver fantasmas nem tocar sua música para eles.
Red não se lembra de como morreu. Tudo o que sabe é que foi vocalista da banda de rock Rebel’Hearts. Quando tenta partir, descobre que não possui a “música da alma” necessária para atravessar e decide buscar ajuda de um mousik. Mas não de qualquer mousik: ele vai atrás de Qing.
Quando Red finalmente encontra Qing, tudo muda. A presença do espírito desperta os dons do mousik, e Qing volta a enxergar os fantasmas. Red, por sua vez, descobre que, mesmo morto, pode tocar Qing e tudo que lhe pertence. Porém, é nesse momento que Qing vê algo que não esperava: o espírito de seu pai, perdido e sem rumo.
Agora, juntos, precisam encontrar o espírito perdido do pai de Qing e ajudar Red a seguir seu caminho. Mas, antes disso, Qing terá que descobrir a origem da conexão misteriosa entre eles — uma ligação que se torna mais difícil de entender a cada dia, enquanto Red luta contra o desejo de finalmente partir para o além.
Entrevista
1. Como vocês se conheceram?
Nós nos conhecemos em 2009, pelo orkut. Na época, tínhamos um fake, um perfil falso onde a gente criava nossos personagens e jogávamos RPG por lá. Desde então nunca mais paramos de nos falar. O que temos uma com a outra já deixou de ser apenas amizade, somos irmãs.
2. Como a amizade de vocês foi se desenvolvendo ao longo dos anos?
Raiana: Eu e a Nathy sempre nos demos muito bem. Foi uma coisa muito doida porque logo de cara a gente já se conectou e eu sempre brinquei que o que a gente tem já vem de outras vidas, porque nunca tive uma conexão assim com ninguém. Nathy sempre foi meu porto seguro e a distância nunca foi algo que nos separou realmente. Nem sei dizer exatamente quando foi que a gente se aproximou tanto, eu só sei que aconteceu e foi tão natural que não sei nem dizer como era minha vida antes de conhecer a Nathy.
Nathália: Ela com certeza não lembra (pois eu sou a memória dela kkkk)
A gente se viu crescer sabe. No fake a Raiana fazia o papel de mãe da minha personagem, e fomos isso que construímos ao longo dos anos, uma família. Ambas fomos crescendo juntas, descobrindo as coisas, dando bronca uma na outra, vendo sonhos nascer e outros se modificarem. Cada vez que a gente passou por uma crise, uma tava lá ajudando a outra sabe. Eu sempre disse que minha família mais importante não era de sangue, e a Raiana foi o pilar principal dela.
3. Qual é o estilo de leitura que cada uma gosta?
Raiana: Eu gosto muito de romance. Coisas do dia a dia e às vezes algo sobrenatural, mas que puxe pro romance.
Nathália: Eu sou do clube da fantasia. Tem que ter uma pitada de fantasia para a leitura ficar mais gostosa.. Gosto de romance, mas dependendo não é obrigatório.
4. Quais são suas obras favoritas?
Raiana: Minha obra favorita é Eu sou o Mensageiro. Em questão de manhwa, é The Dangerous Convenience Store e Semantic Error.
Nathália: Meus dois livros favoritos são A Sombra do Vento e Marina, de Zafón. E de manhua/novel é Heaven Official's Blessing.
5. O que é a Quimerium?
Quimerium é uma biblioteca mágica, em que as histórias ganham vida e cores. Foi a forma que encontramos de nos conectar com nossos leitores, de compartilharmos experiências e de termos contato com as pessoas que gostam da nossa escrita e querem estar pertinho da gente.
Por ser uma biblioteca que muda a partir dos olhos de cada leitor, a Quimerium é como seu nome diz: uma quimera. Projetada para receber os sentimentos de seus leitores, cada sala é um pensamento ampliado dos nossos leitores.
6. Contem pra gente um pouco da história de "RebelHearts - A melodia dos Corações roubados"
Nathalia: Rebel’Hearts é uma história que fala sobre quem nós somos e quem poderemos ser. É uma história sobre luto, amor, família e amizades. Os personagens de Rebel estão perdidos dentro de seus próprios arrependimentos e tem que aprender a lidar com isso. Principalmente com as expectativas que colocam sobre eles. É como a juventude, os personagens são cheios de dúvidas, erros e acertos. Eles precisam crescer, mas crescer também é doloroso.
Raiana: Rebel’Hearts mostra um pouco sobre como tudo que fazemos tem uma consequência e em como temos que lidar com isso em algum momento. E com os personagens, nós aprendemos que, mesmo nas situações mais improváveis, pode surgir algo novo — algo que transforma. É sobre achar beleza no estranho, no improvável, no incômodo. Sobre como, às vezes, a gente precisa de alguém que nos faça sair do próprio casulo, nem que seja um fantasma metido a besta.
Red é aquele fogo que acende o que Qing tenta enterrar, e isso transforma tudo. Porque, no fim, a gente descobre que não importa o quanto a gente tente se esconder, o coração sempre encontra um jeito de recomeçar — mesmo que seja em meio ao caos.
7. Em que momento vocês tiveram a ideia de escrever a novel?
Raiana: Na verdade eu e a Nathy sempre ficamos nesse vai e vem de escrevermos uma história juntas. Desde que a gente se conhece. A Nathalia é uma máquina de criar histórias fodas e personagens incríveis e a verdade é que eu nunca consegui acompanhar toda essa criatividade dela. A escrita sempre foi um hobby pra mim, e por conta disso eu acabava sempre colocando outras coisas na frente e aí, o projeto nunca saía do papel. Mas acho que dada a época da minha vida em como eu estava, eu não conseguiria seguir de qualquer forma.
Nathália: Eu sempre incluo a Raiana nas minhas ideias mais doidas. E RebelHearts veio quando ela disse que queria escrever algo mais fácil. Então nasceu como uma fanfic de princípio, porém eu vi potencial na história e peguei no coro dela para que pudéssemos realmente escrever um romance profissional. Eu sempre quis criar uma história de banda ou de cantores (olá, High School Musical), mas queria algo que também representasse nosso BR. E como eu acho Minas rico demais de histórias, quis mesclar as histórias do RJ com as de Minas e bem, nasceu Red e Qing. Ou melhor, Sebastião e Joaquim (hahaha).
8. Nathália, você já publicou outras obras. A emoção de lançar cada livro foi sempre a mesma ou ela é diferente em cada momento?
É diferente. Cada obra tem seu momento, seus personagens e também nosso coração. Lançar meu primeiro conto foi algo acelerado, eu queria mostrar a minha voz ao mundo, diferente de Seraphim, porque eu queria que as pessoas conhecessem outro lado da minha escrita. Seraphim foi um desabafo e um reencontro também com as minhas raízes. E com Rebel’Hearts também vai ser diferente, acredito. Porque cada personagem fala conosco e nos empolga de uma forma. Então quando os apresentamos ao leitor, a emoção cria níveis diferentes.
9. Raiana, o que você está sentindo com o lançamento da sua primeira novel?
Está sendo um misto de emoções. Tem hora que parece que não vou aguentar de ansiedade. Não vejo a hora de poder lançar, de poder acompanhar a reação de todo mundo, de sofrer com os leitores, de ver se o pessoal vai gostar. Não vejo a hora de poder apresentar os personagens, saber se vão criar teorias, o que vão pensar, sentir, tudo! E ao mesmo tempo um medo danado de ser recebida de forma negativa.
10. As duas nasceram na era da internet e vivenciaram os primórdios das redes sociais. Os livros digitais são muito recentes. Saber como funciona este ambiente poderá aproximar vocês do público leitor?
Raiana: Me senti a própria Estácia agora, falando dos primórdios da internet, hahah! Mas acredito que sim. Ter vivido essa transição — de uma época em que as histórias se espalhavam de forma mais lenta para o ritmo frenético das redes sociais — nos dá uma perspectiva única. A gente viu a literatura online crescer, se transformar, ganhar novas vozes e novos leitores. Isso nos ajuda a entender o que emociona, o que conecta as pessoas, e o que pode afastá-las. É como se tivéssemos uma chave para entender o coração do público, porque crescemos junto com ele.
Nathália: Me senti um dinossauro, hahaha. Eu costumo dizer a Raiana que é tudo um misto de erros e acertos. Tudo é um teste. E quando a gente faz as coisas com carinho e dedicação, o resultado sempre vem. Espero que a gente consiga, com as nossas ideias malucas, aproximar ainda mais o leitor das nossas histórias.
11. O primeiro capítulo será publicado amanhã (30/05). Qual será a periodicidade?
Vamos nos esforçar para ser semanalmente.
12. Em qual formato os capítulos serão publicados? Será possível fazer o download para ler no Kindle?
É agora que a mágica acontece! Nós não iremos fazer uma publicação no formato que as pessoas poderão fazer download.
Queremos muito ter essa proximidade e conexão com todos e por isso, pensamos em escrever ao vivo, para que nossos leitores possam acompanhar nosso processo de criação! Ou seja, todas as sextas-feiras os leitores poderão estar com a gente enquanto escrevemos cada passo do livro. Por conta disso, criamos o servidor da Quimerium no discord, pois foi a forma que encontramos de poder estar pertinho e de compartilhar com todo mundo esse processo. Queremos muito poder criar essa conexão única e trazer uma experiência diferente!
Então, se preparem para dedilhar as palavras com a gente e ficarem tão surpresas quanto nós quando nossos personagens resolverem dar uma de rebelde e decidirem eles mesmos o caminho que vão tomar!
13. Como as pessoas podem acompanhar o trabalho das duas nas outras redes sociais?
A melhor forma de contato com a gente é através do servidor da Quimerium no Discord. Lá vocês conseguem conversar diretamente com a gente, ter atualizações do que estamos aprontando e os próximos passos que vamos tomar. E claro, ficar de olho no Shakespeare!
Mas também estamos presentes no Instagram, Threads e TikTok.
Tags:
Literatura


Obrigada por essa entrevista maravilhosa, Leo. Ficou incrível. Muito feliz 💜
ResponderExcluirEu fiquei SUPER MEGA FELIZ por entrevistar vocês ANIGEEKERS 😃
ExcluirAgora estou contando as horas pra chegar amanhã ⌚